Perdida, andando, pensando, viajando.
Seguia reta, com duas mil coisas em cada mão. Bolsa, óculos, livro, pasta, casaco. Olhando pra frente, vendo um nada mental.
Quando foca, um perfil conhecido, que pára e olha.
Ela segue, como se fosse de pedra, mas dentro, um turbilhão de coisas, dentre elas, nervoso, excitação, medo, expectativa. E a consciência. Tudo pode faltar, mas a sua consciência, aquela crítica, aquela ácida, aquela que não lhe deixa viajar para tão longe, tornando a volta dolorosa ou impossível, sempre está lá.
Passa, pára, abraça, dá beijo, conversa, convida.
Vai embora, achando que deveria ter feito mais. Mas sem saber o quê.E a consciência? Segue junto, calando-se subitamente.
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