Há muito tempo a minha mente anda meio bagunçada.
É como se um tornado tivesse passado por ela: levou tudo, e quando terminou, as coisas caíram todas desordenadas. Praticamente uma chuva de sapos.
Eu tô andando na ponta dos pés, meio que empurrando alguns trecos, meio que cavando buracos pra achar coisas.
Mas já deixei pra lá a tentativa de arrumação. O local nunca fui digno de nota pela sua classificação metódica mesmo.
Só o que me dá trabalho procurar uma idéia, da qual eu tinha uma vaga lembrança de estar em determinada reentrância, chegar lá e... E ! Sumiu!!
Fico igual quando quero lembrar uma palavra que tá na ponta da língua e não sai.
E é tão engraçado que chega a ser poético, porque na maioria do tempo, eu tenho problemas em lembrar o meu próprio nome, então depois de um tornado, eu simplesmente espero mudar isso?
Mas de repente, eu tô sentada, olhando a esmo e vejo algo que me lembra um anel que eu tinha, grande, quadrado e cheio de listras coloridas. E me pego perguntando aonde diabos ele pode ter ido parar, sabendo que eu não vou lembrar nem que a minha vida dependa disso, mas sendo capaz de descrever até como os meus dedos sentiam a superfície do anel.
A mente é algo engraçado, completamente daltônica, desorganizada e problemas com autoridade. Pelo menos a minha é. Daí os meu sonhos em que eu sou eu em outra pessoa, ou com aniversários perdidos que ainda não passaram.
Às vezes eu acho que vou surtar. Noutras eu simplesmente tenho certeza.
Vou esperar outro tornado passar.
Vai que melhora?
Falar, talvez, de como vejo tudo ao meu redor.Do que já não compartilho com ninguém por parecer por alguns segundos que sou o único ser vivente nesse mundo tão grande. Falar do falar, falar por falar.Ser necessidade de ter e ter necessidade de ser. De jogar com as palavras...palavras...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Vó LAURA
Hoje seria mais um aniversario dela...
Onde a senhora esteja vózinha,cuida de mim.
Em fevereiro (22) completará + 1 ano de sua ausência entre nós, mas a lembrança continua viva em nossa mente e a saudade aperta o coração!!!!!
Essa é em homenagem a nossa amada Vó Laura!
Essa é em homenagem a nossa amada Vó Laura!
Para quem teve a oportunidade de conhecer,conviver e admirar essa pessoa maravilhosa!!!
E tambem para as pessoas que ja ganharam um conselho abençoado e repleto de amor,Ela era a pessoa mais boa desse mundo,tinha defeitos como qualquer um,mas as qualidades eram tantas que eles passavam despercebidos...ela ouvia e ajudava a todos, sempre com um sorriso no rosto!!!!
Tinha cada palavra que nem o + moderno dicionario saberia o significado!
A Vó foi uma pessoa repleta da luz de Deus e hoje descansa na sua paz!!!
TE AMO!!!
Da sua neta que jamais te equecerá:ALINE
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
eu?!
Eu começo achar que tenho sérios problemas.
Não que alguma vez eu tenha de fato desconfiado dessa afirmação. Eu convivo comigo e minha mente, logo sei que normalidade não é habitué daqui.
Não acho que esteja fazendo papel de palhaça, porque eu não vejo muito riso em mim, ainda que sirva de motivo de graça pelo meu cinismo e sarcasmo, afinal, é tudo tão absurdo que se eu não fizer piada, vou sair quebrando alguns pratos, de fato.
Se não sou palhaça, sou então algum tipo de exibicionista sem platéia. Porque eu realmente me sinto berrando, com roupas coloridas, cartazes gigantes e trinta holofotes de máxima potência em cima de mim.
'Hey, olha pra cá! Eu tô aqui! OOOOOOOOOOOI?'
E nada! N A D A. Cadê a platéia, minha gente? To gastando meu melhor número. Grande número, devo dizer. E nada.
Minha frequência de berro é diferente, e a audiência é daltônica e surda?
Começo a crer que de fato o problema tá em mim.
Porque eu tenho que ter sérios problemas pra continuar nesse freak show que não me dá nada, nada. A não ser uma sensação de que tô me esforçando em vão.
De que adianta? O que adianta berrar pra quem não quer ou pode ouvir?
Acho que vou aposentar esse número. Tô muito cansada.
Boa sorte!!!
Não que alguma vez eu tenha de fato desconfiado dessa afirmação. Eu convivo comigo e minha mente, logo sei que normalidade não é habitué daqui.
Não acho que esteja fazendo papel de palhaça, porque eu não vejo muito riso em mim, ainda que sirva de motivo de graça pelo meu cinismo e sarcasmo, afinal, é tudo tão absurdo que se eu não fizer piada, vou sair quebrando alguns pratos, de fato.
Se não sou palhaça, sou então algum tipo de exibicionista sem platéia. Porque eu realmente me sinto berrando, com roupas coloridas, cartazes gigantes e trinta holofotes de máxima potência em cima de mim.
'Hey, olha pra cá! Eu tô aqui! OOOOOOOOOOOI?'
E nada! N A D A. Cadê a platéia, minha gente? To gastando meu melhor número. Grande número, devo dizer. E nada.
Minha frequência de berro é diferente, e a audiência é daltônica e surda?
Começo a crer que de fato o problema tá em mim.
Porque eu tenho que ter sérios problemas pra continuar nesse freak show que não me dá nada, nada. A não ser uma sensação de que tô me esforçando em vão.
De que adianta? O que adianta berrar pra quem não quer ou pode ouvir?
Acho que vou aposentar esse número. Tô muito cansada.
Boa sorte!!!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Deixa dizer qto gosto de vc
Sim, isso ainda existe.
Não, não pretendo deletar.
Eu nunca pretendi fazer do blog o meu diário. Eu nunca fui boa nisso, nem muito comprometida.
Eu penso mais em uma espécie de scrapbook. Surge alguma coisa, e eu vou lá e pluft!, deixo marcado. Têm coisas das quais eu me orgulho, têm outras das quais eu tenho vontade de esquecer.
É mais fácil, e pra mim, faz mais sentido.
Mas esse mês foi tão estranho e tão diferente.
Ando muito estranha, até para comigo mesma.
Caindo de sono. Mas quando chego perto da cama, ela só me serve pra rolar e pensar.
Meio bipolar, coisa que sempre fui, mas ao mesmo tempo, com reações adversas.
Acordo com sonhos de aniversários que perdi na cabeça, mas que na verdade, ainda nem passaram.
Abrindo mil vezes o editor pra escrever, com mil idéias, mas sendo incapaz de conseguir escrever uma.
E enquanto isso, as pendências no meu criado mudo só vão aumentando.
Quando vou arrumar o meu quarto, eu me engano dizendo que o que eu colocar em cima dessa mesinha branca, do lado da minha cama, vão ser somente as coisas com as quais eu preciso lidar imediatamente.
Imediatamente, duas semanas depois, despachos os atrasos para dentro dos vários armários que têm nessa casa.
O que eu faço com a consciência? Já tô treinada na arte de ludibriar essa danada.
Feliz aniversário mana...
Que sua vida seja repleta de felicidades...
Te amo!!!
Não, não pretendo deletar.
Eu nunca pretendi fazer do blog o meu diário. Eu nunca fui boa nisso, nem muito comprometida.
Eu penso mais em uma espécie de scrapbook. Surge alguma coisa, e eu vou lá e pluft!, deixo marcado. Têm coisas das quais eu me orgulho, têm outras das quais eu tenho vontade de esquecer.
É mais fácil, e pra mim, faz mais sentido.
Mas esse mês foi tão estranho e tão diferente.
Ando muito estranha, até para comigo mesma.
Caindo de sono. Mas quando chego perto da cama, ela só me serve pra rolar e pensar.
Meio bipolar, coisa que sempre fui, mas ao mesmo tempo, com reações adversas.
Acordo com sonhos de aniversários que perdi na cabeça, mas que na verdade, ainda nem passaram.
Abrindo mil vezes o editor pra escrever, com mil idéias, mas sendo incapaz de conseguir escrever uma.
E enquanto isso, as pendências no meu criado mudo só vão aumentando.
Quando vou arrumar o meu quarto, eu me engano dizendo que o que eu colocar em cima dessa mesinha branca, do lado da minha cama, vão ser somente as coisas com as quais eu preciso lidar imediatamente.
Imediatamente, duas semanas depois, despachos os atrasos para dentro dos vários armários que têm nessa casa.
O que eu faço com a consciência? Já tô treinada na arte de ludibriar essa danada.
Feliz aniversário mana...
Que sua vida seja repleta de felicidades...
Te amo!!!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
2 p/ lá,2 p/ cá
Eu abro, fechando a porta.
Vou, querendo ficar.
Grito, tentando esconder.
Rio, buscando chorar.
Eu faço tanto, querendo desfazer.
Eu abro uma porta, querendo fugir pela outra. Vou embora, mesmo se me chamam, querendo ser chamada. Grito, pra esconder os meus sussuros, e rio, pra ver se o choro sai.
Faço promessas, que sei que não vou cumprir. Tomo atitudes certas, crendo que estão erradas.
Tento com toda minha racionalidade ofender a razão. Porque só isso tem graça, e é sem graça ser diferente.
Perco o foco tantas vezes, com a mente sempre em alerta. Conto as horas, num relógio atrasado. Os dias passam, mas nada nunca muda. Ou muda, permanecendo no mesmo lugar.
Leio livros sem palavras, ouço músicas sem versos. Sinto falta de momentos que ainda não passaram. Eu até abro a geladeira, procurando coisas que não estão lá.
Eu ando por vários caminhos, desconhecendo todos os passos. Eu rezo, mesmo sem acreditar.
A espera cansa, mas a ansia anima. Escrevo tantas linhas desconexas, querendo fazer uma conexão com a minha mente.
As cores são vivas, mas o cinza tinge o céu.
Na verdade, é só meu jeito de te encontrar, querendo me perder.
Vou, querendo ficar.
Grito, tentando esconder.
Rio, buscando chorar.
Eu faço tanto, querendo desfazer.
Eu abro uma porta, querendo fugir pela outra. Vou embora, mesmo se me chamam, querendo ser chamada. Grito, pra esconder os meus sussuros, e rio, pra ver se o choro sai.
Faço promessas, que sei que não vou cumprir. Tomo atitudes certas, crendo que estão erradas.
Tento com toda minha racionalidade ofender a razão. Porque só isso tem graça, e é sem graça ser diferente.
Perco o foco tantas vezes, com a mente sempre em alerta. Conto as horas, num relógio atrasado. Os dias passam, mas nada nunca muda. Ou muda, permanecendo no mesmo lugar.
Leio livros sem palavras, ouço músicas sem versos. Sinto falta de momentos que ainda não passaram. Eu até abro a geladeira, procurando coisas que não estão lá.
Eu ando por vários caminhos, desconhecendo todos os passos. Eu rezo, mesmo sem acreditar.
A espera cansa, mas a ansia anima. Escrevo tantas linhas desconexas, querendo fazer uma conexão com a minha mente.
As cores são vivas, mas o cinza tinge o céu.
Na verdade, é só meu jeito de te encontrar, querendo me perder.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Perdi as chaves daminha cabeça
Perdida, andando, pensando, viajando.
Seguia reta, com duas mil coisas em cada mão. Bolsa, óculos, livro, pasta, casaco. Olhando pra frente, vendo um nada mental.
Quando foca, um perfil conhecido, que pára e olha.
Ela segue, como se fosse de pedra, mas dentro, um turbilhão de coisas, dentre elas, nervoso, excitação, medo, expectativa. E a consciência. Tudo pode faltar, mas a sua consciência, aquela crítica, aquela ácida, aquela que não lhe deixa viajar para tão longe, tornando a volta dolorosa ou impossível, sempre está lá.
Passa, pára, abraça, dá beijo, conversa, convida.
Vai embora, achando que deveria ter feito mais. Mas sem saber o quê.E a consciência? Segue junto, calando-se subitamente.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
tempo é perecível
Oie, tudo bom?
Cortando o que enche a linguiça, eu pouco sei se ainda tenho noções de como escrever alguma coisa.
Tenho passado tanto tempo vagando por dentro da minha cabeça, que lembro muito raramente que tenho que subir a superfície e checar o mundo. E acreditem, isso pode ser bem ruim certas vezes.
Mas eu não reclamo. Tenho uma boa mente, uma boa vida, e conheci boas pessoas em boas cidades. Nossa, baunilha? Sim, mas ainda verdadeiro.
Dizem que quando viajas, sempre deixa um pedaço teu em cada canto que vais.
Me despedacei tanto esses tempos que tô parecendo um quebra-cabeça com peças perdidas. Mas novamente, eu gosto disso. Gosto de como me sinto agora, como me senti em cada canto, e como me sinto agora pensando em cada canto que fui. É estranho. Divertido, bonito, confuso, mas estranho.
As coisas têm me afetado de modo estranho. É como se tudo apenas riscasse a minha 'casca', deixando tudo que está lá dentro intacto. Novamente, estranho e divertido.
Eu não me preocupo.
Nem com as minhas dores e feridas, porque, claro, eu as tenho.
Venho tentado me manter a manger dessas coisas. É incrivelmente difícil viver carregando um cemitério na cabeça.
Dói? Sim, mas não mata.
Não é verdade?
Cortando o que enche a linguiça, eu pouco sei se ainda tenho noções de como escrever alguma coisa.
Tenho passado tanto tempo vagando por dentro da minha cabeça, que lembro muito raramente que tenho que subir a superfície e checar o mundo. E acreditem, isso pode ser bem ruim certas vezes.
Mas eu não reclamo. Tenho uma boa mente, uma boa vida, e conheci boas pessoas em boas cidades. Nossa, baunilha? Sim, mas ainda verdadeiro.
Dizem que quando viajas, sempre deixa um pedaço teu em cada canto que vais.
Me despedacei tanto esses tempos que tô parecendo um quebra-cabeça com peças perdidas. Mas novamente, eu gosto disso. Gosto de como me sinto agora, como me senti em cada canto, e como me sinto agora pensando em cada canto que fui. É estranho. Divertido, bonito, confuso, mas estranho.
As coisas têm me afetado de modo estranho. É como se tudo apenas riscasse a minha 'casca', deixando tudo que está lá dentro intacto. Novamente, estranho e divertido.
Eu não me preocupo.
Nem com as minhas dores e feridas, porque, claro, eu as tenho.
Venho tentado me manter a manger dessas coisas. É incrivelmente difícil viver carregando um cemitério na cabeça.
Dói? Sim, mas não mata.
Não é verdade?
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Pôr do sol
Eu posso lutar contra várias coisas. Eu posso, de verdade.
Nem é balela, ou auto-promoção, é apenas o que eu sei.
Não tenho medo (na maioria dos casos, mas o meu vaso é sempre outra coisa) e não me falta coragem. Às vezes, seria até mais fácil (cômodo, traduzindo) se faltasse.
Eu posso lutar contra a ânsia, o mau humor, uma dor de cabeça, ou um barulho irritante. Eu posso lutar contra o livro chato, mas necessário, um dia baunilha, mas superável, ou uma conversa sacal, mas inevitável.
Eu posso fazer isso. Eu posso e consigo. Nem é difícil. Meta, foco, ideal, sonho, utopia, escolhe a tua porta.
Algumas doses de boa-vontade, persistência e ausência de vergonha na cara, é a receita que está na minha agenda, e que eu decorei há tempos.
Posso lutar contra mim mesma, até. Meus medos, minhas crenças, minhas vontades. Não digo que é fácil, digo que posso. Posso evitar, ignorar, esquecer, relegar, lembrar, cuidar, cultivar. Posso respirar fundo pra dissipar a confusão, impedir uma vontade indesejável que teime em crescer, segurar o medo do que vem com o fim da esquina, até seguro o sentimento de falta, como quando não tem o sal do arroz ou fica um incomôdo no final do filme. E ainda que eu não acredite em não-pensar, eu posso evitar certos pensamentos, sentidos e emoções.
Eu posso lutar e lidar com tudo isso, e nem me causa muito dano. No máximo, uma dor de cabeça e uma tensão no ombro, pelo esforço. Outras vezes, até mais, porém resiliência é a palavra.
O que está além do que posso é o que me incomoda, me irrita, leva o meu olhar pra longe e a minha mente pro espaço.
Sabe aquelas coisas que estão completamente fora do alcance da tua mão? Que não dependem em nada de ti? São contra essas coisas que eu não posso lutar. Não porque eu não queira, mas, porquê, como eu disse antes, não dependem de mim. Eu posso lutar com o melhor de mim, mas não posso impedir que a campainha toque em outra porta.
Se dependesse da minha armadura e da minha espada, era simples, em termos. Segue reto, anda duas quadras, dobra à esquerda no sinal, até chegar na grande placa brilhante.
Eu posso lutar e ignorar as nuvens, mas como impedir um pôr-do-sol?
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